
Coimbra . Primeira Capital de Portugal
Coimbra . First Capital of Portugal

Autenticando a sua importância na fundação da nacionalidade portuguesa, Coimbra foi a cidade escolhida, por D. Afonso Henriques, no século XII, para Capital do Reino. Nela se fundaram vários mosteiros e conventos que, sob a proteção régia, construíram as suas casas religiosas em ambas as margens do rio Mondego
A situação estratégica da urbe e as suas imponentes
muralhas foram fatores favoráveis à política de reconquista do território. Da
cidade partiam as expedições militares em direção ao Sul, dominado pelos
muçulmanos. A defesa de Coimbra foi consolidada com a edificação de uma rede de
castelos que protegia a cidade a Sul e a Oeste, como por exemplo Leiria, Soure,
Rabaçal, Alvorge e Ansião.
Asserting its significance in the establishment of Portuguese nationality, Coimbra was the city selected by king Afonso Henriques in the 12th century to be the Capital of the Kingdom. Within it, several monasteries and convents were founded, which, under royal protection, erected their religious abodes on both banks of the Mondego River
The
strategic location of the city and its imposing walls were favourable factors
in the policy of reconquering the territory. Military expeditions to the South,
which was dominated by Muslims, originated from the city. The defence of
Coimbra was further solidified with the construction of a network of castles
that protected the city to the South and West, such as Leiria, Soure, Rabaçal,
Alvorge, and Ansião.

E, contudo, Coimbra é uma linda cidade, cheia de significado nacional. Bem-talhada, vistosa, favoravelmente entre Lisboa e Porto, a primeira, marítima, a segunda, telúrica, uma a puxar para fora e outra a puxar para dentro, ela representa uma neutralidade vigilante, fazendo a osmose do espírito que parte com o corpo que fica. (...)
Mais do que razões sociais, foram razões geográficas que a fadaram. Uma terra de suaves colinas, de verdes campos, banhada por um rio 130 plano, sem cachões, a meio de Portugal, tinha necessariamente de ser o centro espiritual, universitário, da pequena pátria lusa. Sim, Coimbra é uma linda cidade, cheia de sentido nacional. Não há nenhuma mais bela no país, e muito do que a Pátria fez de bom e de mau fê-lo aqui, ou teve aqui a sua génese.
(TORGA, Miguel – Portugal, 1950, p.9)
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é? (…)
E eu ben vos digo que é viv e sano
e seerá vosc ant o prazo passado:
Ai Deus, e u é?
(Ai flores ai flores do verde pino, cantiga de amigo da autoria do rei D. Dinis)
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade
Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal, ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
Uma história dessa Inês tão linda
Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações, à luz
Coimbra dos doutores
Pra nós os teus cantores
A fonte dos amores és tu
(Amália Rodrigues: Coimbra)
Ó Coimbra do mondego
E dos amores que eu lá tive
Quem te não viu anda cego
Quem te não amar não vive
Quem te não viu anda cego
Quem te não amar não vive
Do choupal até à lapa
Foi Coimbra os meus amores
A sombra da minha capa
Deu no chão, abriu em flores.
(José Afonso: Saudades de Coimbra)
Módulo sob os Auspícios da Câmara Municipal de Coimbra . Module under the Auspices of the Coimbra Municipality
